Itaipu: A energia é a mais cara das grandes hidrelétricas

Por Leonardo Galves, para Plastimax

De acordo com um levantamento da Frente Nacional de Consumidores de Energia, há uma disparidade significativa nos custos de geração de energia entre diferentes hidrelétricas no Brasil, com destaque para a usina binacional de Itaipu. Em comparação com outras grandes hidrelétricas do país, os custos de energia de Itaipu são os mais altos, mesmo sendo uma das maiores produtoras de energia do país.

No ano passado, a tarifa da energia de Itaipu para as 31 distribuidoras obrigadas a comprá-la foi de R$ 294 por MWh, significativamente maior do que o preço praticado por outras grandes hidrelétricas comparáveis. Em média, o MWh dessas usinas custou cerca de R$ 101,78, tornando o preço de Itaipu quase três vezes maior.

Além disso, o custo da energia é muito superior ao das hidrelétricas mais caras desse grupo, sendo quase o dobro do valor da hidrelétrica de Ilha Solteira e cinco vezes maior do que o valor de Xingó, a mais barata.

Os especialistas apontam que essa diferença de preço não se justifica tecnicamente, mas sim politicamente. Conforme os custos de construção de Itaipu foram sendo amortizados, os governos do Brasil e do Paraguai aumentaram a transferência de recursos da usina para financiar projetos públicos, o que contribuiu para o aumento da tarifa de energia.

Os custos operacionais de Itaipu também são consideravelmente maiores do que os de outras grandes usinas privadas, como Santo Antônio e Belo Monte, mesmo sendo estas de porte menor. O alto número de funcionários e os gastos com projetos socioambientais contribuem para elevar os custos operacionais da usina.

Embora a usina destaque sua capacidade de produção de energia e seu papel no desenvolvimento sustentável dos países envolvidos, os consumidores brasileiros acabam pagando uma tarifa mais alta devido a essas ineficiências na gestão dos recursos da exploração de energia.

História de Itaipú]

A história da Usina Hidrelétrica de Itaipu é marcada por uma impressionante colaboração entre Brasil e Paraguai, resultando em uma das maiores obras de engenharia do mundo e uma fonte significativa de energia para ambos os países.

Os primeiros debates sobre a construção de uma usina hidrelétrica na região remontam ao início do século XX. No entanto, foi somente em 1966, durante a ditadura militar no Brasil, que os governos brasileiro e paraguaio assinaram o Tratado de Itaipu, estabelecendo as bases para a cooperação na construção da usina.

A construção começou efetivamente em 1971, e a usina foi concluída em 1984, cinco anos antes do previsto. O projeto foi liderado por engenheiros brasileiros e paraguaios, com o apoio de empresas de construção de todo o mundo. A magnitude do empreendimento é impressionante: a barragem de concreto tem 7.919 metros de extensão e uma altura máxima de 196 metros.

Itaipu começou a operar em 1984, fornecendo energia para as redes elétricas do Brasil e do Paraguai. A usina foi projetada para uma capacidade de geração de energia de 14.000 megawatts, tornando-se a maior usina hidrelétrica em capacidade de geração de energia do mundo na época.

A energia gerada por Itaipu tem sido uma fonte vital para o desenvolvimento econômico e industrial de ambas as nações. Além disso, a usina desempenhou um papel importante na redução da dependência de fontes de energia não renováveis, contribuindo para a sustentabilidade ambiental da região.

Ao longo dos anos, Itaipu também se tornou um importante destino turístico, atraindo visitantes de todo o mundo para admirar sua impressionante estrutura e aprender sobre sua operação.

A história de Itaipu é um testemunho da capacidade de cooperação entre nações, bem como do poder da engenharia e da inovação para enfrentar desafios e promover o desenvolvimento sustentável.


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