A persistente chuva que está ocorrendo no Rio Grande do Sul nesta semana está causando fatalidades e danos em várias cidades do Estado. Esse fenômeno é causado pela interação entre áreas de baixa pressão e um canal de umidade que se estabeleceu sobre o território gaúcho. Ao longo dos dias, esse evento climático excepcional tem se deslocado pelo Estado, impactando de forma mais severa certas áreas, incluindo as regiões Metropolitana, Central, Norte e Noroeste.
No início da semana, a instabilidade inicialmente impactou o extremo norte do Estado, próximo à fronteira com Santa Catarina. No entanto, rapidamente se disseminou de maneira mais ampla pelas regiões Noroeste, Norte e Metropolitana. Embora tenha havido breves intervalos de calmaria, houve precipitações significativas em todas as áreas, com destaque para a região Norte.
O canal de umidade permaneceu estabelecido e estável. Além disso, áreas de baixa pressão se desenvolveram, promovendo a formação de instabilidades, e esse canal age como uma fonte constante de alimentação para esse processo, explica Repinaldo.
As autoridades têm descrito o volume de chuvas no Rio Grande do Sul como “extraordinário”, afetando centenas de cidades em diferentes graus.
Um exemplo marcante é o registro da maior quantidade de chuva no Estado em Fontoura Xavier, com 500,6 milímetros entre as 12h de terça-feira e as 12h de quarta-feira. Esse volume supera em mais de três vezes a média histórica do município, que é de 146 milímetros, de acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Além disso, sete cidades gaúchas estavam entre as 10 com maior volume de chuvas no mundo nas 24 horas até quinta-feira (2), conforme relatado pelo serviço de meteorologia Ogimet, que monitora mais de 6,6 mil estações em diversos países.
Apesar de Santa Maria não estar nessa lista, a cidade está entre as mais afetadas pelos efeitos da chuva, com deslizamentos de encostas, obstruções em vias urbanas e rurais, além de quedas de pelo menos onze pontes e áreas inundadas em vários pontos.
As imagens impressionantes de ponte destruída pela força da água em Santa Maria no Rio Grande do Sul:
Uma outra área amplamente afetada é o Vale do Taquari, que engloba 40 municípios. O rio que atravessa essa região, também denominado Taquari, alcançou a marca de 31,2 metros de altura, registrando o maior nível já observado na história. O recorde anterior, estabelecido em 1941, era de 29,9 metros.
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) desempenha um papel crucial no fornecimento de serviços de água e saneamento para os cidadãos do Rio Grande do Sul. Como concessionária responsável por garantir o acesso à água potável e pelo tratamento de resíduos, a Corsan desempenha um papel vital na saúde e no bem-estar da população.
No entanto, ao longo dos anos, o Rio Grande do Sul tem sido palco de várias tragédias relacionadas à água, que destacam a importância da infraestrutura de saneamento e da gestão adequada dos recursos hídricos. Inundações devastadoras, como as recentes ocorridas, evidenciam a necessidade de sistemas de drenagem eficazes e medidas preventivas robustas.
Além disso, a contaminação da água, seja por poluentes industriais ou agrotóxicos, representou ameaças significativas à saúde pública e ao meio ambiente no estado. Ocorrências como estas destacam a importância da vigilância constante e do investimento em tecnologias avançadas para garantir a qualidade da água fornecida à população.
Nesse contexto, a Corsan enfrenta o desafio contínuo de modernizar suas infraestruturas, expandir a cobertura de saneamento básico e garantir a segurança hídrica em face das mudanças climáticas e das pressões ambientais. Ao mesmo tempo, é crucial que as autoridades e a sociedade como um todo reconheçam a necessidade de políticas e práticas sustentáveis para proteger os recursos hídricos e mitigar os impactos das tragédias relacionadas à água no Rio Grande do Sul.
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